O cimento é um dos materiais mais indispensáveis da construção civil. Ele está presente em quase todas as etapas do processo construtivo.
Mas com tantas opções disponíveis no mercado, como escolher o melhor para cada tipo de projeto?
Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos, as principais marcas presentes no Brasil, além de analisar qual é o cimento mais utilizado e quais cimenteiras dominam o mercado nacional.
Se você trabalha na área ou planeja realizar uma obra, essas informações vão te ajudar a tomar decisões mais técnicas e seguras.
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Antes de falarmos sobre marcas, é fundamental entender que o cimento não é um produto único. Existem diversos tipos, cada um com propriedades específicas para diferentes finalidades. Os principais são:
É o tipo mais básico, composto por clínquer e uma pequena quantidade de gesso.
Por não conter adições, tem maior resistência inicial e é iindicado para obras em que não há exposição a sulfatos ou ambientes agressivos.
Com adições minerais como escória de alto-forno, pozolana ou fíler calcário, esse tipo oferece melhor trabalhabilidade, menor calor de hidratação e maior durabilidade. É um dos mais utilizados em obras gerais, como casas e prédios.
Sua principal característica é atingir resistência mecânica mais rápida e é ideal para obras com prazos curtos, pré-moldados e situações que exigem rapidez na desforma.
Contém materiais pozolânicos que reagem com a cal liberada na hidratação, o que torna o cimento mais resistente a ataques químicos.
É ideal para obras em ambientes agressivos, como estações de tratamento de esgoto, barragens e fundações.
Utilizado em acabamentos e elementos arquitetônicos aparentes, este tipo tem composição e processo de fabricação diferente, garantindo coloração clara e uniforme.
Com esses tipos em mente, é possível entender melhor como cada marca se posiciona no mercado e quais produtos oferece.
O mercado brasileiro de cimento é competitivo e concentrado. A seguir, destacamos as cinco marcas mais importantes, de acordo com: volume de produção, reputação, portfólio e abrangência nacional.
A Votorantim Cimentos é uma das maiores empresas do setor na América Latina. A marca Votoran, que pertence ao grupo, é conhecida e utilizada em obras de diferentes portes.
Com unidades de produção em diversos estados, a Votoran oferece um portfólio robusto que inclui CP II, CP IV e CP V, além de cimentos especiais para argamassas e concreto.
Seu diferencial está na confiabilidade da marca, bom desempenho técnico e ampla distribuição em centros urbanos e área
A marca Cauê pertence à InterCement, uma das gigantes do setor. Com fábricas estrategicamente localizadas, a empresa é conhecida pela alta qualidade de seus produtos.
A Cauê oferece cimentos do tipo CP II, CP IV e CP V, além de versões com aditivos especiais para secagem mais rápida e melhor acabamento. Sua atuação é forte nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
O destaque vai para a durabilidade e a constância da performance técnica, especialmente em aplicações estruturais.
Mais recente no setor, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) diversificou sua atuação e tem ganhado espaço no mercado.
Com uma estrutura moderna e capacidade produtiva alta, a empresa já figura entre as principais marcas do país. Oferece cimentos CP II, CP III e com adições siderúrgicas que reduzem a emissão de CO₂.
Um de seus focos é na sustentabilidade e na performance para obras industriais. A competitividade nos preços e a boa aceitação técnica tem consolidado a CSN como uma marca em ascensão.
Apesar do nome genérico, a marca pertence à BCPAR (uma joint venture entre Buzzi Unicem e Grupo Ricardo Brennand). A empresa investe muito em tecnologia e tem unidades em Minas Gerais e Paraíba.
Seu principal diferencial é a qualidade do CP II F e CP V ARI, além do compromisso com práticas ambientais mais limpas. É uma marca bastante presente em projetos residenciais e comerciais.
Localizada no Paraná, a Itambé tem forte atuação no Sul do Brasil. Com foco em cimentos para concreto, sua principal linha é o CP II-E e o CP V ARI.
Apesar de regional, a marca é muito respeitada entre profissionais técnicos e engenheiros civis. O desempenho dos produtos da Itambé em usinas de concreto e obras estruturais é um de seus maiores atrativos.
O tipo mais usado no Brasil é o CP II (Portland Composto), especialmente as versões CP II-F e CP II-E.
A popularidade se deve ao bom custo-benefício, à facilidade de uso em obras convencionais e à resistência adequada para a maioria das estruturas residenciais e comerciais.
Além disso, o CP II é mais sustentável que o CP I, por conter adições minerais que reduzem o consumo de clínquer e a emissão de CO₂ durante a produção.
A resposta para essa pergunta depende do tipo de obra. Não existe um único “melhor” cimento, mas sim o mais adequado para cada situação:
Portanto, o melhor tipo será aquele que equilibra desempenho técnico, custo e compatibilidade com o projeto.
O setor de cimento brasileiro é liderado por grandes grupos empresariais que concentram a maioria da produção nacional.
A principal delas é a Votorantim, líder isolada no país, com atuação em mais de 10 países e capacidade produtiva que ultrapassa 30 milhões de toneladas anuais apenas no Brasil.
Em seguida, aparece a InterCement, dona da marca Cauê, reconhecida como o segundo maior grupo do setor, com presença em todas as regiões do país e forte foco em inovação, qualidade e exportação para América Latina e África.
Outra gigante é a CSN Cimentos, cuja entrada mais recente no mercado trouxe maior competitividade, com uma estratégia voltada à eficiência energética, redução das emissões de carbono e sinergia com sua atuação siderúrgica.
A BCPAR, responsável pela marca Cimento Nacional, também se destaca pelo crescimento acelerado, impulsionado por investimentos em tecnologia de ponta e práticas sustentáveis.
Por fim, a Holcim Brasil (antiga LafargeHolcim) completa o ranking. Apesar de ter forte atuação e integrar um dos maiores grupos cimenteiros do mundo, sua presença no Brasil é menos dominante em comparação às líderes nacionais.
Ao analisar aspectos como qualidade técnica, aderência em diferentes tipos de obra, distribuição e inovação, o melhor hoje varia conforme a região e a aplicação.
No cenário nacional, as marcas Votoran e Cauê são reconhecidas por sua confiabilidade e disponibilidade.
Em projetos com exigência técnica, como grandes estruturas ou ambientes agressivos, marcas como Itambé e CSN Cimentos ganham destaque.
Outro ponto importante é considerar os diferenciais de cada fabricante. Algumas marcas oferecem:
A escolha do melhor cimento, portanto, passa por uma avaliação técnica, logística e até estratégica — principalmente quando se trata de compras em grandes volumes ou fornecimentos contínuos.
O mercado de cimento no Brasil é robusto, competitivo e essencial para o desenvolvimento da infraestrutura nacional.
Entender as diferenças entre os tipos e conhecer as principais marcas é fundamental para garantir a qualidade da obra, reduzir custos e evitar problemas futuros.
Marcas como Votoran, Cauê, CSN, Cimento Nacional e Itambé mostram que inovação, qualidade e compromisso com o consumidor são pilares fundamentais para liderar esse setor.
Na hora de escolher o cimento certo, considere não apenas o preço, mas o desempenho, a procedência e a adequação ao seu projeto.
Assim, você garante obras mais seguras, duráveis e alinhadas às melhores práticas da construção civil.
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Construção e gestão eficiente de obras, com menor custo, maior qualidade de entrega e total transparência.
Espírito Santo: Rua Luiz Gonzáles Alvarado, 65 – Enseada do Suá, Vitória/ES, 29050-380 (Sede)
São Paulo: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830 – Itaim Bibi, São Paulo/SP, 04553-011
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