Qual a projeção do INCC em 2025?

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um dos principais indicadores econômicos para o setor imobiliário e da construção civil no Brasil. 

Ele mede a variação dos custos dos materiais, mão de obra e serviços essenciais para obras e projetos de infraestrutura. 

Em 2025, a projeção do INCC tem sido um ponto de atenção para investidores, construtoras e compradores de imóveis, porque ela influencia diretamente os preços e a viabilidade dos empreendimentos.

Neste artigo, exploramos o que é o INCC, como ele é calculado e quais são as projeções para 2025 e os próximos anos.

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O que é o INCC? 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um indicador desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir a evolução dos custos na construção civil no Brasil. 

Criado em 1950, ele faz parte dos principais índices de inflação do país e impacta diretamente o setor imobiliário, influenciando desde o valor dos imóveis até os financiamentos.

Esse índice é importante para investidores, construtoras e consumidores porque reflete a variação dos custos de materiais, mão de obra e serviços utilizados em construções residenciais e comerciais. Ele também é utilizado para reajustar contratos de compra de imóveis na planta e financiamentos imobiliários.

Como é calculado o INCC? 

O INCC é calculado mensalmente pela FGV e acompanha a variação dos custos no setor da construção civil. Para sua apuração, são considerados três componentes principais que influenciam os preços das obras: mão de obra, materiais e equipamentos, e serviços.

A mão de obra está relacionada aos custos trabalhistas no setor da construção civil, incluindo os salários pagos a pedreiros, eletricistas, encanadores, mestres de obras e demais profissionais responsáveis pela execução dos projetos. 

O reajuste salarial dessas categorias tem impacto na composição do índice, porque representa uma parcela significativa dos custos totais das construções.

Já o grupo de materiais e equipamentos abrange a variação de preços de insumos para as obras, como cimento, aço, tijolos, cerâmicas, vidros, areia, madeira, fiações elétricas e outros produtos utilizados na construção de edificações. 

As oscilações nesses valores são influenciadas por diversos fatores, como demanda do mercado, câmbio, custos de produção e transporte, além da inflação setorial.

O terceiro componente, serviços, considera os custos relacionados à execução dos projetos, como instalações hidráulicas, elétricas, pintura, acabamentos, impermeabilizações e outras prestações terceirizadas fundamentais para a conclusão da obra. 

A variação nesses preços impacta no custo final dos empreendimentos e pode influenciar a qualificação da mão de obra disponível e complexidade dos serviços prestados.

O INCC é apurado em três versões diferentes, o INCC-DI é calculado com base nos preços coletados entre o primeiro e o último dia do mês, sendo um dos componentes do IGP-DI.

Enquanto isso, o INCC-M considera os preços levantados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, sendo utilizado no IGP-M, um dos índices mais usados para reajuste de contratos imobiliários.

Por fim, o INCC-10, utiliza a coleta realizada entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, sendo utilizado no cálculo do IGP-10.

Essas variações no período de coleta permitem uma análise minuciosa das oscilações dentro do setor da construção civil, e auxiliam as empresas, investidores e consumidores a compreenderem o impacto das mudanças nos custos e se planejarem financeiramente.

Qual a expectativa do INCC em 2025?

A expectativa para o INCC em 2025 é de uma variação positiva, seguindo a tendência de alta nos custos da construção. A inflação de insumos e o impacto de reajustes salariais no setor podem manter o índice acima da média dos últimos anos.

Conforme os dados mais recentes, o INCC-M acumulado em 12 meses atingiu 6,85% em janeiro de 2025, demonstrando uma aceleração em relação a períodos anteriores. 

O crescimento mensal do índice tem sido consistente, com variações expressivas ao longo de 2024 e início de 2025.

Qual a tendência do INCC para os próximos anos?

A tendência do INCC para os próximos anos depende de diversos fatores econômicos que influenciam o setor da construção civil. A inflação geral e a política monetária desempenham um papel fundamental nesse cenário. 

Caso a inflação permaneça elevada e os juros continuem altos, os custos da construção podem seguir pressionados, encarecendo materiais e mão de obra.

Outro fator é a variação do câmbio, porque muitos insumos utilizados na construção, como metais e equipamentos, são importados. Se aumentar a desvalorização do real, os custos desses produtos aumentarão, impactando o índice.

Além disso, a política de crédito e financiamento tem grande influência sobre o setor. Mudanças nas condições de financiamento imobiliário podem afetar diretamente a demanda por imóveis e, consequentemente, os preços da construção. 

Se o crédito se tornar mais acessível, o mercado pode aquecer, mas, se houver restrições, o crescimento do setor pode ser afetado.

Os salários e negociações sindicais também são determinantes na composição do INCC. A valorização da mão de obra da construção civil pode elevar os custos do setor, especialmente em momentos de alta demanda por profissionais qualificados.

Com base no histórico recente, é provável que o INCC continue em patamares elevados nos próximos anos, refletindo a pressão inflacionária e as condições do mercado. 

No entanto, caso o cenário econômico apresente sinais de estabilidade, com controle da inflação e ajustes na política monetária, pode haver um arrefecimento gradual do índice, proporcionando maior previsibilidade para o setor da construção civil.

Conclusão

O INCC em 2025 já acumula alta de 1,30%, conforme dados de fevereiro, enquanto a variação em 12 meses atingiu 7,20%. Esse cenário demonstra que existe a necessidade de planejamento e monitoramento constante do índice.

Embora a nova projeção do INCC sinalize um aumento nos custos da construção, as tendências futuras dependerão de fatores macroeconômicos e políticas do setor. Por isso, é importante estar sempre atualizado sobre as variações do índice.

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Até a próxima!

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Autor: Mateus Vitoria Oliveira – CEO Private Construtora