5 mulheres que fizeram história na engenharia

A engenharia é uma área que sempre contou com grandes mentes inovadoras, e entre elas, algumas mulheres desempenharam papéis fundamentais no avanço da tecnologia e da construção civil.
Apesar dos desafios e limitações impostas em determinadas épocas, essas profissionais deixaram contribuições muito importantes para o desenvolvimento da engenharia.
Conheça cinco nomes que marcaram a história da engenharia com seu talento e dedicação.
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Emily Warren Roebling
Emily Warren Roebling foi peça-chave na construção da Ponte do Brooklyn, um dos maiores projetos da engenharia nos Estados Unidos. Após seu marido, Washington Roebling, adoecer durante o projeto, Emily aprofundou seus conhecimentos em engenharia e assumiu a supervisão da obra.
Assim, ela estudou os princípios estruturais da engenharia civil para tomar decisões técnicas fundamentais para a conclusão da ponte. Dessa forma, revisava cálculos, acompanhava testes de materiais e coordenava o andamento da obra.
Ao longo dos anos, ela se tornou a principal referência do projeto. Durante a execução superou desafios como condições climáticas adversas, dificuldades na fundação dos pilares e até mesmo resistência de alguns colegas que não viam com bons olhos a atuação de uma mulher nesse campo.
No entanto, sua determinação e inteligência conduziram a obra e ela foi finalizada em 1883. Após a conclusão do projeto, Emily continuou sua atuação em causas educacionais e sociais, defendendo o acesso das mulheres à educação superior.
Hedy Lamarr
Mais conhecida como atriz de Hollywood, Hedy Lamarr foi uma inventora visionária. Durante a Segunda Guerra Mundial, preocupada com a segurança das comunicações militares, ela co-desenvolveu, junto ao compositor George Antheil, um sistema de comunicação para torpedos baseado em “salto de frequência”.
Esse método impedia que sinais de rádio fossem interceptados ou bloqueados pelo inimigo, garantindo uma transmissão mais segura e eficaz.
Sua invenção, patenteada em 1942, não foi reconhecida em sua época, mas anos depois, a tecnologia foi adotada como base para sistemas de comunicação sem fio, contribuindo para o desenvolvimento do Wi-Fi, Bluetooth e GPS.
Além de sua genialidade técnica, Hedy enfrentou o desafio de ser levada a sério em um campo dominado por cientistas e militares, já que era conhecida por sua carreira cinematográfica.
Seu legado na engenharia foi redescoberto décadas mais tarde, quando especialistas passaram a reconhecer a importância de seu trabalho para o avanço da tecnologia de comunicação.
Em 1997, ela recebeu o Prêmio Pioneiro da Fundação Eletrônica de Fronteiras em reconhecimento à sua contribuição para a ciência.
Hedy Lamarr provou que criatividade e inteligência não têm limites e foi um exemplo de como diferentes talentos podem convergir para criar novas soluções.
Martha J. Coston
Martha J. Coston foi responsável pelo desenvolvimento dos sinalizadores luminosos usados pela marinha, uma inovação que revolucionou a comunicação naval e teve um grande impacto na segurança marítima.
Após a morte de seu marido, que havia iniciado pesquisas sobre um sistema de sinalização noturna, Martha assumiu a missão de transformar essas ideias inacabadas em um dispositivo funcional e eficiente.
Sem formação formal em engenharia ou química, ela enfrentou o desafio de aprimorar o sistema, dedicando-se a anos de estudo e experimentação.
Com perseverança, ela testou diferentes composições químicas para garantir que os sinalizadores fossem visíveis a longas distâncias e pudessem ser usados em diversas condições climáticas. Seu esforço resultou no Coston Night Signals, um sistema de sinalização com cores distintas que permitia uma comunicação rápida e eficaz entre navios e bases terrestres.
Após inúmeras tentativas e melhorias, seu invento foi oficialmente adotado pela Marinha dos Estados Unidos e tornou-se um recurso essencial para operações militares e comerciais, contribuindo para salvar incontáveis vidas no mar.
Além de sua invenção, Martha também foi uma das primeiras mulheres a registrar patentes e a negociar contratos com o governo, demonstrando habilidades não apenas como inventora, mas também como empreendedora e estrategista.
Seu legado permanece vivo até hoje e é um exemplo de como a determinação e a capacidade de adaptação podem levar a grandes inovações, mesmo diante das adversidades.
Patricia Galloway
Patricia Galloway foi a primeira mulher a presidir a Sociedade Americana de Engenheiros Civis (ASCE), um feito notável na história da engenharia.
Com uma carreira consolidada na gestão de grandes projetos de infraestrutura, ela desempenhou um papel importante no desenvolvimento de obras em diversos países.
Além de sua atuação técnica, Patricia também trabalhou para incentivar a diversidade e a inovação na engenharia, tornando-se uma referência no setor.
Denise Scott Brown
Denise Scott Brown é uma arquiteta e urbanista de grande impacto na engenharia e no planejamento urbano. Com uma carreira que se estende por décadas, Denise contribuiu significativamente para a maneira como as cidades são projetadas, desafiando conceitos tradicionais e trazendo uma abordagem mais holística ao urbanismo.
Com seu marido e parceiro profissional, Robert Venturi, ela desenvolveu ideias inovadoras sobre a relação entre arquitetura, urbanismo e a vida cotidiana, enfatizando a importância de considerar fatores sociais, econômicos e culturais no desenvolvimento das cidades.
Seu livro Learning from Las Vegas, publicado em 1972, revolucionou como arquitetos e urbanistas enxergam os espaços urbanos, ao propor que elementos do cotidiano e da cultura popular deveriam ser valorizados no planejamento das cidades.
Denise enfrentou diversos desafios ao longo de sua carreira, incluindo a dificuldade de ser reconhecida como uma figura central nas contribuições teóricas e práticas que fez junto a Venturi.
Muitas vezes, suas ideias foram atribuídas exclusivamente ao marido, um reflexo da desigualdade de gênero na arquitetura e na engenharia da época. No entanto, sua resiliência e capacidade de inovação garantiram que seu legado fosse, aos poucos, devidamente reconhecido.
Além de suas contribuições acadêmicas e teóricas, Denise trabalhou em diversos projetos urbanos e arquitetônicos ao redor do mundo, sempre buscando integrar funcionalidade, estética e o bem-estar das pessoas.
Seu trabalho continua a influenciar arquitetos e engenheiros até hoje, demonstrando a importância de uma visão integrada e multidisciplinar para o planejamento urbano e a engenharia civil.
Seu trabalho continua a influenciar arquitetos e engenheiros em todo o mundo, demonstrando a importância de uma visão integrada entre urbanismo e engenharia.
Conclusão
A engenharia é um campo marcado por grandes inovações, e muitas mulheres desempenharam papéis fundamentais nesse processo.
Desde a construção de grandes obras até invenções tecnológicas que transformaram a sociedade, essas profissionais demonstraram talento, conhecimento e dedicação. A história da engenharia é construída por mentes brilhantes, independentemente de gênero.
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